Adam Smith o pai do liberalismo econômico. Autor de “A riqueza das nações”

O post anterior a este foi um trabalho para o curso de ADM na UFV no qual falei um pouco sobre Adam Smith, o que veio depois dele e suas contribuições no Brasil. Mas meu grupo achou que não daria tempo pra falar aquilo tudo e me disse para fazer apenas um slideshow mais sintetizado e mais focado na figura do Adam Smith, e acabou que também ficou realmente bons. Por isso decidi publicar aqui no blog também, gostaria de agradecer a todos que tornaram este trabalho possível, espero que gostem! T+ Galera!

A Europa viu nascer no início do século XVIII, depois de mais de dois séculos sob forte influência das idéias e práticas mercantilistas, que podem ser genericamente sintetizadas pelo binômio absolutismo político + intervencionismo econômico, um movimento filosófico-cultural que exerceu enorme influência em todo o continente, o Iluminismo, que tinha por principais proposições a defesa da liberdade em todas as suas dimensões (liberalismo), o reconhecimento dos valores e dos direitos individuais (individualismo) e a crença na supremacia da razão (racionalismo).

Embora as idéias iluministas tenham exercido influência em toda a Europa, ela foi mais marcante na França e na Escócia, que, por coincidência ou não, tornaram-se os berços das duas escolas de pensamento econômico surgidas na segunda metade do século, a escola fisiocrata e a escola clássica, respectivamente.

Nascido em 1723 em Kirkcaldy, uma pequena cidade portuária da Escócia, Adam Smith pode ser considerado um produto desse contexto histórico. Seu pai, também chamado Adam, era advogado de formação, e chegou a ocupar postos de certa importância na administração escocesa, e sua mãe, Margareth Douglas Smith, descendia de proprietários de terras do condado de Fife. Smith, após concluir os estudos secundários em Kirkcaldy, ingressou na Universidade de Glasgow. Aceitou uma bolsa para prosseguir seus estudos no Balliol College, em Oxford.Depois de alguns anos sem emprego fixo, inicia sua carreira de professor ministrando diversas conferências avulsas em Edimburgo e posteriormente, assumiu a cadeira de Filosofia Moral, além de outros trabalhos, todos oferecendo-lhe oportunidades de conhecer grandes pensadores como David Hume. Adoeceu e veio a falecer em 17 de julho de 1790, em Edimburgo, aos 66 anos de idade.

Liberalismo Econômico

Todo indivíduo necessariamente trabalha no sentido de fazer com que o rendimento anual da sociedade seja o maior possível. Na verdade, ele geralmente não tem intenção de promover o interesse público, nem sabe o quanto o promove. Ao preferir dar sustento mais à atividade doméstica que à exterior, ele tem em vista apenas sua própria segurança; e, ao dirigir essa atividade de maneira que sua produção seja de maior valor possível, ele tem em vista apenas seu próprio lucro, e neste caso, como em muitos outros, ele é guiado por uma mão invisível a promover um fim que não fazia parte de sua intenção. E o fato de este fim não fazer parte de sua intenção nem sempre é o pior para a sociedade. Ao buscar seu próprio interesse, freqüentemente ele promove o da sociedade de maneira mais eficiente do que quando realmente tem a intenção de promovê-lo. (“Adam Smith, A Riqueza das Nações, Livro IV, capítulo 2”)

O liberalismo econômico tem em Adam Smith sua principal figura. Para ele, ao contrário dos mercantilistas, não havia necessidade de o Estado intervir na economia, pois ela era guiada por uma “mão invisível”, isto é, pelas leis naturais do mercado. Essas leis eram a livre concorrência e a competição entre os produtores as quais determinavam o preço das mercadorias e eliminavam os fracos e os ineficientes. Dizia que os agentes econômicos são movidos por impulsos de ganância e ambição próprios, o que impulsionaria o crescimento e desenvolvimento econômico, favorecendo toda a sociedade, promovendo uma evolução generalizada. Assim, o próprio mercado regulamentava a economia, trazendo a harmonia social, sem a necessidade da intervenção da autoridade pública.

Em seu livro, A. Smith defendeu as leis de mercado, o fim das restrições às importações e dos gastos governamentais improdutivos. 0 Estado deveria intervir somente para coibir os monopólios que impediam a livre circulação das mercadorias. As funções do Estado seriam garantir a lei, a segurança e a propriedade, além de proteger a saúde e incentivar a educação.

Mas o liberalismo econômico só é possível dentro de um quadro de boa administração das empresa que estão em circulação, pois sem o planejamento correto e a eficiência no cumprimento das obrigações, as leis naturais do mercado acabam se desajustando, fazendo necessário a intervenção estatal. Podendo utilizar-se das idéias de Smith para um melhor planejamento por parte do administrador, tendo em vista o funcionamento do mercado, para que sua produção e faturamento não descontrolem.

Divisão do trabalho

Dentro da administração, devem-se levar em consideração cinco funções administrativas. Todas seguem na mesma lógica das idéia de Smith já escritas há III séculos. A primeira dessas funções é o Planejamento, seguido diretamente pela Organização. Funções muito reforçadas e faladas por ele, podendo ser observadas em seu exemplo utilizado para traduzir sua tese do princípio da divisão do trabalho, escrita em uma época em que tal feito era ainda incipiente e provocava sérias dúvidas em pessoas ou famílias que tinham o costume de se envolver, direta ou indiretamente, na produção de quase todos os bens e serviços de que precisavam se utilizar. Adam Smith utilizou os primeiros capítulos de seu livro, “Riqueza das Nações”, para convencer a todos das vantagens da divisão do trabalho feita pelo administrador durante seu planejamento, fazendo tal divisão visando os objetivos da empresa e especificando a melhor forma para alcançá-lo por meio de um plano de ações levando-se em conta a organização, coordenando todos os recursos da empresa, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma para possibilitar a divisão das tarefas. Foi com esse objetivo que fez uso do famoso exemplo da fábrica de alfinetes:

“Um operário não treinado para essa atividade (que a divisão do trabalho transformou em uma indústria específica) nem familiarizado com a utilização das máquinas ali empregadas (cuja invenção provavelmente também se deveu à mesma divisão do trabalho), dificilmente poderia talvez fabricar um único alfinete em um dia, empenhando o máximo de trabalho; de qualquer forma, certamente não conseguirá fabricar vinte.

Entretanto, da forma como essa atividade é hoje executada, não somente o trabalho todo constitui uma indústria específica, mas ele está dividido em uma série de setores, dos quais, por sua vez, a maior parte também constitui provavelmente um ofício especial. Um operário desenrola o arame, um outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer uma cabeça de alfinete requerem-se 3 ou 4 operações diferentes; montar a cabeça já é uma atividade diferente, e alvejar os alfinetes é outra; a própria embalagem dos alfinetes também constitui uma atividade independente.” Podendo observar que a especialização do trabalhador, tem como conseqüências a economia de tempo e dinheiro.

A terceira função é o Comando, fazendo com que os subordinados executem o que deve ser feito. Pressupõe que as relações hierárquicas estejam claramente definidas, ou seja, que a forma como administradores e subordinados se influenciam esteja explícita, assim como o grau de participação e colaboração de cada um para a realização dos objetivos definidos. Hierarquia também claramente encaixada na idéia da divisão do trabalho de Smith, sendo separada a função de comando da de obediência, tendo sempre em vista na primeira a Coordenação e o Controle, as duas últimas funções do administrador.

Bibliografia:

Livro Mauá, o Empresário do Império
Livro 1888, “A vinda da Família Real para o Brasil”
Site Youtube e colaboradores
Site SlideShare e colaboradores
http://www.portaldaadministracao.org/tag/adam+smith
http://engenharia.alol.com.br/forum/attachments/tga/InfluenciasHistoricasAdm.pdf
http://admcontemporanea.blogspot.com/2008/05/influncia-dos-economistas-liberais.html
http://www.portaldaadministracao.org/tag/2/divis%C3%A3o+do+trabalho
Riqueza das Nações; Smith, A.

Publicado por

Diego Lopes

Já tendo cursado Publicidade e Propaganda, Produção Multimídia e Administração na UFV, atuo na como coordenador de projetos web há mais de dez anos. Já trabalhei em 3 empresas no Vale do Silício, gerenciei grandes equipes e mais de milhões de dólares no Google Adwords e Facebook.

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